GUIMARÃES ROSA E ARACY SALVANDO JUDEUS DO NAZISMO

on segunda-feira, 13 de julho de 2020

TRIBUNA LIVRE

José Roberto Pereira

 pereiraoliveira895@gmail.com


Quando alguém nos fala sobre Guimarães Rosa lembramos do escritor com obras como Sagarana, Grande Sertão e Veredas, dentre outras.

Em 1938, o governo de Getúlio, que era ditador, e os ditadores tinham seu próprio time com Getúlio no Brasil, Peron na Argentina, Mussolini na Itália, Hitler na Alemanha, Japão tinha um imperador absolutista, e outros que não me lembro.

João Guimarães Rosa - Brazilian novelist, short story writer and diplomat.

Guimarães Rosa

Guimarães Rosa além de escritor era diplomata como vice-cônsul em Hamburgo na Alemanha. Havia um namoro de Hitler com Getúlio. Nosso material bélico era alemão, grandes empresas alemãs tinham negócios no Brasil e um exemplo em Pernambuco era os Ludgren praticamente "donos" de Paulista em Pernambuco e Rio Tinto na Paraíba. Em 1938 nosso Guimarães Rosa e sua secretária e esposa Aracy deram guarida e passaporte para inúmeras famílias judias já que uma ação de governo na Alemanha era a eliminação de judeus da face da terra. Os vistos eram dados como “turistas” para facilitar.

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Aracy Guimarães, O Anjo de Hamburgo

A polícia secreta de Hitler, a Gestapo, começou a notar um movimento muito grande na Embaixada brasileira e verificou a facilidade com que famílias judias tinham “visto” no passaporte. O governo brasileiro recebeu através da embaixada alemã no Brasil, algumas reclamações do governo alemão neste sentido. O Brasil ficou em cima do muro até ser pressionado pelo governo americano que queria a posse do Nordeste para poder chegar mais perto de Dakar afim de lutar na África do Norte. O Presidente americano deu um ultimato ao governo brasileiro: “Ou o Brasil oferecia o litoral nordestino para criação de bases ou os Estados Unidos invadiriam o nordeste e inclusive com plano pronto.” “Quem tem... tem medo”.

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A piada falando de Hitler, deve ter sido boa. Franklin Roosevelt e Getúlio Vargas logo atrás

O Getúlio abriu, e o Nordeste foi invadido pelo exército americano. Para se ter uma ideia: a cidade de Natal-RN tinha em 1942 uma população estimada em 40.000 pessoas. Apenas numa semana o americano colocou em Natal 10.000 soldados entre 18 e 22 anos. Hoje o que tem de filho americano em Natal não é brincadeira. Como alimentar estes soldados? Chegou um pelotão com homens agricultores do Tennessee e cercaram Parnamirim de plantações com feijão, milho, mandioca, legumes, etc.

Todo soldado americano passou a usar nossa botina amarela e tinha orgulho de mostrar e de se confraternizar em qualquer parte do mundo com afirmações: “você também serviu na base de Natal?”

Esta base era de segurança total e o soldado americano era bem recebido e ovacionado pelos natalenses. O Coronel Humberto de Alencar Castelo Branco era oficial de ligação entre o exército brasileiro e o americano, representado pelo Coronel Vernon Walters. Foi esta amizade que permitiu apoio total americano no golpe de 64 que encontrou Castelo Branco como General e Vernon Walters como Adido Militar no Brasil. Chegou a se cogitar o envio da 5ª Frota americana para o litoral brasileiro. O resto é história...

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Vernon Walters e Castelo Branco


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