NÃO RASPEI A CABEÇA E ATÉ HOJE NATALE NÃO SABE

on quarta-feira, 15 de julho de 2020


TRIBUNA LIVRE

José Roberto Pereira

 pereiraoliveira895@gmail.com


O ano de 1968 foi com certeza um dos melhores da minha vida. Neste ano, o ano que não terminou, passei a morar no Colégio São João. Ano do hexa do Náutico; passei a conhecer bem nossa capital Recife, fiz novas amizades...

Na política infelizmente tivemos o AIS, atentado a Dom Helder, assassinato do Pe. Henrique, bomba no aeroporto dos Guararapes com a morte do jornalista Edson Regis e a perna amputada do jogador Paraíba do Santinha.

Terminei o científico, passei a trabalhar no Aché-Prodoctor em 02/jul/70, também fui aprovado no vestibular para Administração de Empresas e chegamos a janeiro de 1971 quando fui fazer minha matrícula na faculdade.

Aqui vale salientar um detalhe, o Aché-Prodoctor proibia na época, que um representante comercial cursasse faculdade, com a desculpa que nada poderia atrapalhar ou desviar o foco do trabalho no laboratório. Era ordem do presidente Adalmiro, que o gerente Natale cumpria rigorosamente. Aproveito a oportunidade para lembrar os pioneiros na formatação e lançamento da linha do Aché-Prodoctor nos estados da região. Em Recife nossa equipe Zé Roberto, Roney e Esvalter; Em Alagoas, o Vilela, na Paraíba o Peletó (família tradicional) e no interior de Pernambuco o Fabrício. Com minha mudança para Fortaleza como Gerente, lembro dos nossos primeiros colaboradores: Maia, Zé Maria, Gilvan, Djalma, Vilmar, Gustavo, Simonessi, Helder e o Nóbrega.

 

Natale Vanucci Neto
Um dos maiores executivos do Aché Laboratórios no Brasil

Voltando a matrícula na universidade, entrei no prédio, fiz a matrícula e na saída a turma estava “raspando” a cabeça dos novatos. Aparecer no Aché-Prodoctor com a cabeça raspada era demissão sumária. E agora? As salas da universidade são do tipo auditório, sendo a janela que dava para a rua bastante alta para um pulo. Eu tinha 20 anos, com um preparo físico de ex-remador pelo Sport, tranquei os dentes e saltei correndo para o Fusca 66 comprado à prestação. Na segunda-feira, cortei o cabelo bem baixo, passei 15 dias sem frequentar a faculdade, e com dificuldade fui cursando a noite.

Até hoje o amigo Natale não sabe que cursei faculdade. Com a mudança para Fortaleza e pelas viagens abandonei a faculdade e sem orgulho fui jubilado.

Uma vez acheano, sempre acheano. A filosofia implantada pelo Aché-Prodoctor até hoje é imbatível no trato com a classe médica.

Um forte abraço a todos!


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