A leitura é de fundamental importância para o
desenvolvimento de uma sociedade. Graças à minha mãe Lourdes Pereira, aprendi a
ler aos seis anos e os primeiros livros foram oferecidos pelo meu pai João
Costa. Um foi a História de Lampião do autor Ranulfo Prata e o outro foi a Marca
do Zorro. O bonconselhense não gosta de ler (com raras exceções), e
exemplos não faltam. Quando o Luiz Clério tinha a Estação (foi o principal
espaço cultural de Bom Conselho) ele possuía filmes em DVD e o povo só alugava
filme dublado, pois os filmes com legenda eram rejeitados. Quando os jornais Diário,
Folha e Comércio chegavam em nossa cidade só haviam 60 assinantes. Na gestão da
Prefeita Judith, fui “Diretor de Cultura” e formatei um concurso para o(a)
aluno(a) escrever sobre a História de Bom Conselho. Dos dez mil alunos, só
recebi 30 dissertações e alguns trocaram Dantas Barreto por Deodoro da Fonseca.
Para comparação:
Palmeira dos Índios, 70.000 habitantes, 3 museus e
mais de 200 escritores com livros editados.
Quebrangulo, 12.000 habitantes, 1 museu e mais de
20 escritores, inclusive o Graciliano Ramos.
Bom Conselho, 50.000 habitantes, nenhum museu e os
escritores não chegam aos dedos das mãos (com tristeza, é uma vergonha).
O único gestor de Bom Conselho que procurou fazer
algo pela cultura foi o Walmir Soares quando criou o Centro Cultural Professor Valdemar
Gomes de Santana. Não temos um museu, não temos uma Secretaria de Cultura, não
temos nada.
Outro detalhe, o Luiz Clério, com seu otimismo, acha
que estes novos empreendimentos que estão se instalando em Bom Conselho irão
mudar nossa cultura. Que nada! A realidade irá continuar a mesma.
- Quando trouxe para Bom Conselho com apoio do então Dep.
Federal José Múcio, dois cientistas chineses especializados em genética de
algodão (saíram de Bom Conselho por falta de apoio) foi a Gazeta que
divulgou em primeira mão.
- Quando trouxe para Bom Conselho o casal de
italianos Roverato para desenvolver um polo de jeans (foram para Santa Cruz
do Capibaribe por falta de apoio da municipalidade) foi a Gazeta que
divulgou.
- Quando tive a ideia da criação da fábrica de colchões
OrtoNorte foi a nossa Gazeta que divulgou.
- Quando mudamos a data da emancipação do nosso
município para o dia 3 de agosto (pertencíamos à Correntes) com apoio da
Câmara de Vereadores através da Presidente Léa Ramos e do então Prefeito Audálio
Ferreira, foi a Gazeta que fez a divulgação.
Atualmente está chegando em nossa cidade o Supermercado
CESTONE do amigo/irmão Bernardo Almeida, que irá gerar inúmeros empregos
diretos e a gazeta como sempre divulgou em primeira mão.
É a gazeta nestes 31 anos, sempre defendendo as ações
da sociedade.
Mais uma vez, parabéns pelos 31 anos do nosso querido
Jornal A Gazeta, e sendo eu um dos primeiros colaboradores. Não é fácil manter
um jornal independente numa cidade que detesta (com raras exceções) a
leitura.
Quanto mais o povo for aculturado, melhor para a elite
dominante.
Um abraço a todos!
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