JORNAL A GAZETA, 31 ANOS DE LUTAS, HONRA E NATIVISMO

on segunda-feira, 11 de outubro de 2021

 




A leitura é de fundamental importância para o desenvolvimento de uma sociedade. Graças à minha mãe Lourdes Pereira, aprendi a ler aos seis anos e os primeiros livros foram oferecidos pelo meu pai João Costa. Um foi a História de Lampião do autor Ranulfo Prata e o outro foi a Marca do Zorro. O bonconselhense não gosta de ler (com raras exceções), e exemplos não faltam. Quando o Luiz Clério tinha a Estação (foi o principal espaço cultural de Bom Conselho) ele possuía filmes em DVD e o povo só alugava filme dublado, pois os filmes com legenda eram rejeitados. Quando os jornais Diário, Folha e Comércio chegavam em nossa cidade só haviam 60 assinantes. Na gestão da Prefeita Judith, fui “Diretor de Cultura” e formatei um concurso para o(a) aluno(a) escrever sobre a História de Bom Conselho. Dos dez mil alunos, só recebi 30 dissertações e alguns trocaram Dantas Barreto por Deodoro da Fonseca.

Para comparação:

Palmeira dos Índios, 70.000 habitantes, 3 museus e mais de 200 escritores com livros editados.

Quebrangulo, 12.000 habitantes, 1 museu e mais de 20 escritores, inclusive o Graciliano Ramos.

Bom Conselho, 50.000 habitantes, nenhum museu e os escritores não chegam aos dedos das mãos (com tristeza, é uma vergonha).

O único gestor de Bom Conselho que procurou fazer algo pela cultura foi o Walmir Soares quando criou o Centro Cultural Professor Valdemar Gomes de Santana. Não temos um museu, não temos uma Secretaria de Cultura, não temos nada.

Outro detalhe, o Luiz Clério, com seu otimismo, acha que estes novos empreendimentos que estão se instalando em Bom Conselho irão mudar nossa cultura. Que nada! A realidade irá continuar a mesma.

- Quando trouxe para Bom Conselho com apoio do então Dep. Federal José Múcio, dois cientistas chineses especializados em genética de algodão (saíram de Bom Conselho por falta de apoio) foi a Gazeta que divulgou em primeira mão.

- Quando trouxe para Bom Conselho o casal de italianos Roverato para desenvolver um polo de jeans (foram para Santa Cruz do Capibaribe por falta de apoio da municipalidade) foi a Gazeta que divulgou.

- Quando tive a ideia da criação da fábrica de colchões OrtoNorte foi a nossa Gazeta que divulgou.

- Quando mudamos a data da emancipação do nosso município para o dia 3 de agosto (pertencíamos à Correntes) com apoio da Câmara de Vereadores através da Presidente Léa Ramos e do então Prefeito Audálio Ferreira, foi a Gazeta que fez a divulgação.

Atualmente está chegando em nossa cidade o Supermercado CESTONE do amigo/irmão Bernardo Almeida, que irá gerar inúmeros empregos diretos e a gazeta como sempre divulgou em primeira mão.

É a gazeta nestes 31 anos, sempre defendendo as ações da sociedade.

Mais uma vez, parabéns pelos 31 anos do nosso querido Jornal A Gazeta, e sendo eu um dos primeiros colaboradores. Não é fácil manter um jornal independente numa cidade que detesta (com raras exceções) a leitura.

Quanto mais o povo for aculturado, melhor para a elite dominante.

Um abraço a todos!

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