JOÃO COSTA, UM AMIGO DA NATUREZA!

on segunda-feira, 7 de junho de 2021

 

Inicialmente, desejo mais uma vez agradecer ao amigo Pedro Bastos pela poesia em homenagem ao pai e amigo João Costa e ao amigo Luiz Clério pela divulgação no jornal A Gazeta.

Falar de João Costa, é falar de um amigo leal e amigo dos animais e plantas. João Costa foi um defensor da natureza de maneira autêntica. Exemplos não faltam, como todas as suas cercas serem de madeira nativa principalmente mulungu, burra leiteira,

 

João Costa. Lealdade acima de tudo

imburana e outras madeiras para sua cerca viva. Ele tinha por seus animais sejam cavalos, vaca de leite, caprinos ou ovinos uma atenção especial. Ele conseguia “falar” com os animais. No final da década de cinquenta do século passado era uma festa para “amansar os cavalos” e outra para “vacinar o gado”. Não havia o bret de hoje, tudo era no laço e derrubada do boi.

Escolhia-se um poltro para a primeira montada, o laço certo no pescoço, Sebastião Cazuza segurando as orelhas, alguém colocava a sela, outro o bridão, João Cazuza montava e gritava “pode soltar”, aí o pau cantava e haja salto. João metendo a espora do pescoço à virilha e metendo a chibata no pescoço do cavalo. Com poucos minutos ele deixava de saltar e começa a andar no curral. Pronto, o cavalo estava domado. Com meu pai João Costa não precisava o laço, pois ele entrava no curral com um cabresto na mão, escolhia um poltro, e ia em sua direção. De frente para o potro trocavam um olhar, olho no olho e com passos calmos João Costa se aproximava do poltro “bravo” passava a mão no seu pescoço, cochichava “alguma coisa” no ouvido do poltro, colocava o cabresto, e montava em pelo e sem nem um salto por parte do poltro. Na época ninguém fazia isto com os poltros. Os amigos e primos chamavam João Costa de “feiticeiro” por este tratamento com os animais. João Costa nunca foi até o pasto “pegar um cavalo”, ele gritava o nome do animal e ele vinha até o cabresto.

Este ano de 2021 teremos 18 anos da sua partida, porém, até hoje é lembrado como um amigo leal, verdadeiro, autêntico. A você João Costa, um forte abraço desse amigo mais do que filho.


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