Inicialmente, desejo mais uma vez agradecer ao amigo
Pedro Bastos pela poesia em homenagem ao pai e amigo João Costa e ao amigo Luiz
Clério pela divulgação no jornal A Gazeta.
Falar de João Costa, é falar de um amigo leal e amigo
dos animais e plantas. João Costa foi um defensor da natureza de maneira
autêntica. Exemplos não faltam, como todas as suas cercas serem de madeira
nativa principalmente mulungu, burra leiteira,
imburana e outras madeiras para sua cerca viva. Ele
tinha por seus animais sejam cavalos, vaca de leite, caprinos ou ovinos uma
atenção especial. Ele conseguia “falar” com os animais. No final da década de cinquenta
do século passado era uma festa para “amansar os cavalos” e outra para “vacinar
o gado”. Não havia o bret de hoje, tudo era no laço e derrubada do boi.
Escolhia-se um poltro para a primeira montada, o laço
certo no pescoço, Sebastião Cazuza segurando as orelhas, alguém colocava a sela,
outro o bridão, João Cazuza montava e gritava “pode soltar”, aí o pau cantava e
haja salto. João metendo a espora do pescoço à virilha e metendo a chibata no pescoço
do cavalo. Com poucos minutos ele deixava de saltar e começa a andar no curral.
Pronto, o cavalo estava domado. Com meu pai João Costa não precisava o laço,
pois ele entrava no curral com um cabresto na mão, escolhia um poltro, e ia em
sua direção. De frente para o potro trocavam um olhar, olho no olho e com
passos calmos João Costa se aproximava do poltro “bravo” passava a mão no seu
pescoço, cochichava “alguma coisa” no ouvido do poltro, colocava o cabresto, e
montava em pelo e sem nem um salto por parte do poltro. Na época ninguém fazia
isto com os poltros. Os amigos e primos chamavam João Costa de “feiticeiro” por
este tratamento com os animais. João Costa nunca foi até o pasto “pegar um
cavalo”, ele gritava o nome do animal e ele vinha até o cabresto.
Este ano de 2021 teremos 18 anos da sua partida,
porém, até hoje é lembrado como um amigo leal, verdadeiro, autêntico. A você João
Costa, um forte abraço desse amigo mais do que filho.
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