Não votei em Bolsonaro, porém, como democrata e respeitando
as urnas, torci para que o seu governo continuasse com um Brasil crescente. Infelizmente,
não é isto que presenciamos no atual governo e pelo andar da carruagem dos
presidentes eleitos após a Constituição de 88 ele será o pior. Que me desculpem
os amigos bolsonaristas.
Vamos aos fatos da Manchete.
Nosso Exército e o Brasil como unidade nacional,
nasceram nas Batalhas dos Guararapes em Jaboatão-PE quando vencemos o invasor batavo.
Nosso Exército foi representado pelas três raças: João Fernandes Vieira, a branca,
Camarão, o indígena, e Henrique Dias, a negra. Esta união de raças deu origem
também ao povo nordestino. Do nosso Exército tivemos o Alferes Tiradentes,
figura maior da conspiração mineira. Exército Brasileiro de Caxias, o Pacificador,
dos generais Osório, Sampaio e Dantas Barreto. Exército Brasileiro que por
falta de disciplina prendeu em 1922 o general Hermes da Fonseca já um
ex-presidente. Exército brasileiro que fez nascer Luiz Carlos Prestes, Getúlio
Vargas, Gen. Teixeira Lott (também preso por indisciplina), Castelo Branco e
tantos outros que honraram o RDE (Regulamento Disciplinar do Exército). Exército
que na 2ª Guerra Mundial, através da FEB tomou dos alemães o Monte Castelo e
fazendo posteriormente a prisão de 25 mil soldados germânicos. Nosso Presidente
(sempre rindo, não sei do que), falou que foi preso por 15 dias por falta de
disciplina, esqueceu de afirmar que foi “convidado” pelo Exército para ir para a
reserva, já que na época o regime militar através do SNI (Serviço Nacional de Informação)
descobriu que o Capitão Bolsonaro tinha em mente colocar bombas em alguns
quartéis do Brasil. Não foi expulso por que pertencia a ala dura do regime com
o comando do general Silvio Frota, o mesmo que como Ministro da Guerra, tentou
derrubar o Presidente Ernesto Geisel junto com o então coronel Augusto Heleno,
esse mesmo que é o grilo falante do Bolsonaro.
Aprendi a amar o Exército Brasileiro ouvindo o meu
pai João Costa cantar os hinos da Força Expedicionária, da Infantaria, Nacional,
da Bandeira. João Costa participou do Exército Brasileiro de 1941 até 1946, ou
seja, pertenceu aos quadros da Força Expedicionária Brasileira. João Costa era
um nativista por excelência. Apesar de toda esta história patriótica do nosso Exército,
o atual Presidente mandou o Comandante do Exército arquivar o processo
disciplinar do general Eduardo Pazuello numa bofetada não só no rosto do Exército,
mas da nossa sociedade.
O Bolsonaro está querendo politizar as Forças Armadas,
e já está conseguindo dividi-la e o primeiro passo foi dado quando ele promoveu
o Pazuelo (se o Bolsonaro tem um governo de Dom Quixote, o Pazuello é um
autêntico Sancho Pança) para um setor de inteligência ligado ao gabinete
presidencial. Ainda bem que nosso glorioso Exército tem generais como o Santos
Cruz, que como líder militar aponta caminhos em defesa da nossa Constituição e
bota quente no Bolsonaro e sem medo. O Exército Brasileiro não será marionete
de nenhum governo, já que ele pertence ao Estado Brasileiro e a ele deve
obediência. Hoje nossa maior pandemia é ter Bolsonaro na presidência, e esta
CPI da COVID é uma CPI política e tem a finalidade de sangrar o atual Governo.
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