CATULO DA PAIXÃO CEARENSE, UM BOÊMIO NO CÉU

on quinta-feira, 1 de abril de 2021


“Não há, ó gente, oh não, luar como esse do sertão...”

Esta era uma das canções preferidas da minha mãe Maria de Lourdes Pereira, que sempre cantava me embalando numa rede. Era uma fã incondicional do Catulo da Paixão Cearense. Quem foi este Catulo?

 

Catulo da Paixão Cearense

Poeta. Compositor. Cantor. Teatrólogo.

Apesar do nome, nasceu no Maranhão. Equivocadamente, a data de seu nascimento foi considerada por muito tempo como sendo 31 de janeiro de 1866. A data original foi alterada para que ele pudesse ser nomeado para o serviço público. Com 10 anos mudou-se com a família para o interior do Ceará. Em 1880, quando contava 17 anos, sua família mudou-se para o Rio de Janeiro indo residir à Rua São Clemente, 37, onde passaria a funcionar a relojoaria e ourivesaria de seu pai. No Rio de Janeiro, começou a frequentar uma República de Estudantes na Rua do Barroso, em Copacabana, da qual faziam parte os flautistas Joaquim Calado e Viriato, o estudante de música Anacleto de Medeiros, o violonista Quincas Laranjeiras, o cantor Cadete e um estudante de Medicina que o ensinou a tocar violão, fazendo com que abandonasse a antiga paixão pela flauta. Era autodidata. Aprendeu português e matemática e, posteriormente, o francês, chegando a fazer traduções de poetas franceses famosos na época como Lamartine. Recebeu grande influência dos cantadores do Nordeste com quem conviveu durante parte de sua juventude, chegando, inclusive, a produzir literatura de cordel. Os primeiros anos de Rio de Janeiro foram bastante difíceis para o poeta já que, muito pobre, morava num dos bairros mais distantes do Rio à época, o balneário de Copacabana, um lugar quase deserto e ermo. Em pouco tempo, morreu sua mãe, Maria Celestina Braga da Paixão. O pai morreria três anos depois. Uma de suas principais obras foi na literatura com o seu livro:

Um Boêmio no Céu: O encontro no céu de um trovador boêmio com São Pedro e Santo Onofre – observado por um anjo – é o ponto de partida para a história, toda contada em versos decassílabos, sobre questões ancestrais como a vida e a morte, o divino e o humano, a terra e o céu. Lirismo, humor, irreverência e romantismo se alternam pela trama, repleta de imagens do povo e da cultura brasileiros. Dentro da nossa proposta o Catulo é mais um brasileiro esquecido que você agora sabe um pouco da sua rica história.

Desejo a todos vocês uma Feliz Páscoa!


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