No início da Regência
(1831/1840) e após a abdicação de Pedro I, o Brasil era dividido por três
grupos políticos:
1) Liberais moderados, que defendiam limitação do poder imperial e uma
monarquia constitucional.
2) Liberais exaltados que defendiam o federalismo e maior autonomia para
as províncias e alguns defendiam a república.
3) Restauradores que defendiam o retorno do Pedro I.
No Segundo Império, o Brasil tinha apenas dois
partidos:
O Partido Liberal que era a mescla dos liberais exaltados e moderados e o
Partido Conservador que era constituído da mescla de liberais moderados e
restauradores.
Muitos historiadores defendem que o período Regencial
foi um período de república já que os Regentes eram eleitos pelos Deputados Provinciais.
Um detalhe interessante, os candidatos e eleitores só
podiam votar se fossem um "cidadão de bens" ou seja, com situação
financeira independente, que representava menos de 1% da população. Do golpe da
República até 1930 (República Velha) os partidos eram estaduais, inclusive você
poderia ser eleito Deputado Federal ou Senador por estados diferentes. (Getúlio
foi eleito deputado federal e senador por alguns estados). Nesta época um
partido nacional foi o PCB - Partido Comunista Brasileiro, (1922).
A partir da década de 40 o Brasil passou a contar com
partidos nacionais como PTB - Partido Trabalhista Brasileiro, o PSB - Partido Socialista
Brasileiro, o PSD - Partido Social Democrata, UDN - União Democrática Nacional,
PCB - Partido Comunista Brasileiro e outros partidos menores.
Desde esta época, e lá se vão mais de 75 anos que o
brasileiro não vota em cor partidária (raras exceções) e sim no candidato(a).
Das eleições majoritárias que tivemos desde a constituição de 1946 que a
esquerda sempre serviu de escada para outros projetos, sendo o principal a aliança
de Carlos Prestes (PCB) com Getúlio Vargas (PTB), o mesmo Getúlio que deportou
para a morte no campo de concentração dos nazistas a Olga Belnário, grávida e
esposa do Prestes. (Esta é e sempre será a política brasileira).
Nossa política sempre foi polarizada e em Bom Conselho
tivemos o exemplo do coronel Zezé (PSD) e o Gervásio Pires (UDN).
No período dos Generais Presidente tivemos Arena
(governo) e MDB (oposição).
Em 2022 teremos as eleições mais polarizadas dos
últimos tempos. No primeiro turno teremos os candidatos "Fidélis", um
outro do centro, Bolsonaro e o Lula.
Pelo andar da carruagem no segundo turno (2022)
teremos o maior clássico da República desde 1889. Um candidato de direita, o
Bolsonaro e um candidato de esquerda o Lula, ambos com chances reais de vitória
e principalmente o Bolsonaro que está no poder e tem a caneta, apesar que o
Trump também estava no poder e tinha a mesma caneta.
O
povo irá analisar:
- Quais dos governos teve a maior inclusão social;
- Quem deu maior autonomia a Polícia Federal;
- Credibilidade do Vice-Presidente;
- Ministério das Relações Exteriores;
- Saúde, educação, segurança, cultura e outros itens da política de
governo;
- Quem lida melhor com crises;
- Política para o meio ambiente;
- Quem é a melhor liderança para o Mercosul;
Independente de ideologia, o povo só precisa que suas
necessidades básicas sejam resolvidas.
Bolsonaro ou Lula, eis a questão!!!
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