Até o início da 2ª Guerra Mundial, todos os ditadores formavam
um time e torciam pela Alemanha de Hitler, a exemplo do Brasil (Getúlio Vargas),
Argentina (Perón), Portugal (Salazar), Espanha (Franco), Itália (Mussolini),
Japão (Monarquia Absolutista, dentre outros. Como os Estados Unidos precisavam
de Natal-RN para uma base militar, já que Natal fica mais perto de Dakar na
África, era fundamental esta cidade para a estratégia dos aliados. Foi preciso
um ultimato do Presidente Franklin Roosevelt para Getúlio abrir a base e ficar
do lado dos governos democratas. Iniciou a perseguição dos brasileiros, filhos
de alemães, japoneses e italianos. Não há registro de mortes, porém muitos
foram torturados tendo como exemplo o interventor de Santa Catarina Nereu Ramos.
Este interventor manteve uma linha dura e um regime considerado pelas
autoridades militares do governo Vargas como exemplar. O Estado também teve um
brutal sistema de captura. Sob o comando do chefe do Dops, Antônio Lara Ribas,
policiais em todo o Estado produziram verdadeiras caçadas, com tortura em praça
pública, invasão de casas, apreensão de objetos e vingança pessoal.
Quando se fala em campo de concentração lembramos de Auschwitz-Birkenau, Treblinka, Sobibór com
extermínio de judeus e ciganos pelo canalha do Hitler e seus asseclas.
Em todo o País, o governo de Getúlio Vargas perseguiu,
prendeu e confinou mais de 3 mil alemães, italianos e japoneses em campos de
concentração criados em 11 locais, como:
Campo de
Concentração de Tomé-Açu/PA
Campo de
Concentração de Chã Estevam/PE
Campo de
concentração de Ribeirão Preto/SP
Campo de
Concentração de Bauru/SP
Campo de
Concentração de Pouso Alegre/MG
Presídio de
Niterói/RJ
Campo de
concentração de Garatinguetá/SP
Campo de
concentração de pindamonhangaba/SP
Presídio Daltro
Filho/RS
Hospício Oscar
Schneider/Joinville, SC
Presídio da Trindade/Florianópolis, SC
Quando a guerra acabou, os arquivos oficiais foram
lacrados e esquecidos. A legislação sobre o acesso aos documentos, que proibia consultas
ou pesquisas por 50 anos, foi abrandada em 1988, e o prazo caiu para 30 anos.
Mesmo assim, só em 1996 os historiadores tiveram acesso ao acervo.
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