CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO NO BRASIL

on quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

 

Até o início da 2ª Guerra Mundial, todos os ditadores formavam um time e torciam pela Alemanha de Hitler, a exemplo do Brasil (Getúlio Vargas), Argentina (Perón), Portugal (Salazar), Espanha (Franco), Itália (Mussolini), Japão (Monarquia Absolutista, dentre outros. Como os Estados Unidos precisavam de Natal-RN para uma base militar, já que Natal fica mais perto de Dakar na África, era fundamental esta cidade para a estratégia dos aliados. Foi preciso um ultimato do Presidente Franklin Roosevelt para Getúlio abrir a base e ficar do lado dos governos democratas. Iniciou a perseguição dos brasileiros, filhos de alemães, japoneses e italianos. Não há registro de mortes, porém muitos foram torturados tendo como exemplo o interventor de Santa Catarina Nereu Ramos. Este interventor manteve uma linha dura e um regime considerado pelas autoridades militares do governo Vargas como exemplar. O Estado também teve um brutal sistema de captura. Sob o comando do chefe do Dops, Antônio Lara Ribas, policiais em todo o Estado produziram verdadeiras caçadas, com tortura em praça pública, invasão de casas, apreensão de objetos e vingança pessoal.

Quando se fala em campo de concentração lembramos de Auschwitz-Birkenau, Treblinka, Sobibór com extermínio de judeus e ciganos pelo canalha do Hitler e seus asseclas.

Em todo o País, o governo de Getúlio Vargas perseguiu, prendeu e confinou mais de 3 mil alemães, italianos e japoneses em campos de concentração criados em 11 locais, como:

Campo de Concentração de Tomé-Açu/PA

Campo de Concentração de Chã Estevam/PE

Campo de concentração de Ribeirão Preto/SP

Campo de Concentração de Bauru/SP

Campo de Concentração de Pouso Alegre/MG

Presídio de Niterói/RJ

Campo de concentração de Garatinguetá/SP

Campo de concentração de pindamonhangaba/SP

Presídio Daltro Filho/RS

Hospício Oscar Schneider/Joinville, SC

Presídio da Trindade/Florianópolis, SC

Quando a guerra acabou, os arquivos oficiais foram lacrados e esquecidos. A legislação sobre o acesso aos documentos, que proibia consultas ou pesquisas por 50 anos, foi abrandada em 1988, e o prazo caiu para 30 anos. Mesmo assim, só em 1996 os historiadores tiveram acesso ao acervo.


Campo de concentração em Joinville – SC
(Foto: Arquivo Histórico/Reprodução)


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