VALEU BOI!!!

on quarta-feira, 11 de novembro de 2020

 

Recentemente a Globo Nordeste fez uma matéria interessante sobre a nossa vaquejada, porém, deixou muito a desejar na área de pesquisa. Desde a introdução dos primeiros bovinos em meados do século XVI, no sertão de Pernambuco que existe o vaqueiro e seu terno de couro. A cidade de Flores no sertão de Pernambuco é tão antiga quanto Olinda.

Em 1810 o viajante inglês Henry Koster em suas viagens ao nordeste brasileiro nos conta uma pega de boi no mato. Como hoje, segundo Koster, corriam dois vaqueiros sendo que cada um levava uma pequena vara com uma ponta de ferro e quanto um vaqueiro emparelhava com o boi ele metia esta vara pontiaguda na espinha dorsal do bovino, fazendo-o parar e um dos vaqueiros saltava do seu cavalo e colocava uma mão do boi entre as pontas imobilizando-o.

Com a introdução das pistas de vaquejada a partir da década de 40 do século passado, foi o período do “pega e puxa”, ou seja, havia uma pontuação de 100 a 10 (se o boi caísse onde hoje é a faixa era a menor pontuação). Para valer os 100 pontos o boi tinha que ser derrubado no máximo a 20 metros da saída da sangra ou jiquí. Só há partir dos anos 70 que a faixa foi introduzida nas pistas, transformando a carreira com mais técnica.

Esta crônica é dedicada aos vaqueiros Lila Amaral, Fred Brito, José Oscar, Salomão Paes, Lula Branco, Estevão, João Paes, Duda Amaral, Sebastião Amaral, Afonso Amaral, Vanutério Alexandre, Silvino Araújo, Avelar Costa e ao meu pai João Costa. Um abraço a todos.



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