Como gerente do Laboratório Aché em Fortaleza abri uma
vaga para propagandista na capital e coloquei aquele famoso anúncio no Jornal O
Povo:
“Precisa-se de vendedor propagandista...”
Era norma do Aché na época, de só atender o primeiro
candidato às 13h, ou seja, quem tinha a tranquilidade de esperar para uma
entrevista, teria no futuro, a tranquilidade de esperar o médico em seu
consultório para propaganda.
Desta feita não foi diferente: 8h da manhã, 30 candidatos; 11 horas, 15 candidatos; 12 horas, 8 candidatos; 13 horas de três a cinco candidatos. Quando dou uma olhada nos currículos, um me chamou a atenção: Rinaldo Tasso Lasalvia. Seria muita coincidência se este candidato fosse o famoso Nado que como alvirrubro me deu muitas alegrias jogando pelo Náutico. Posteriormente jogou no Vasco e Olaria, sendo convocado em 1966 para a Seleção Brasileira de Futebol. Na minha adolescência o Nado ao lado do seu irmão Bita e com Nino e Lala formaram o ataque das quatro letras, o maior e melhor que o Náutico já teve e sem ser saudosista.
Quando da entrevista eu falei: “Nado, você já me deu tantas alegrias que será um prazer trabalharmos juntos”.
Nado foi um excelente propagandista além de jogar no time dos médicos de
Fortaleza, sendo o seu setor campeão de receituário.
Esta crônica é para o amigo Nado (in memoriam) pelo muito que você fez pelo futebol brasileiro e pelo Aché Laboratórios S/A.
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